Polícia Federal deflagrou Operação Expresso para desarticular organização criminosa de tráfico internacional de entorpecentes
dezembro 13, 2019
A Polícia Federal no Rio Grande do Norte deflagrou nesta sexta-feira,
13, a operação Expresso, para desarticular uma organização criminosa voltada ao
tráfico internacional de entorpecentes. Cerca de 55 policiais federais
cumprem quinze mandados de prisão preventiva e quinze mandados de busca e
apreensão nas cidades de Natal (RN), Nísia Floresta (RN), Ceará-Mirim (RN), Rio
Branco (AC) e Pimenta Bueno (RO). Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara
Federal no RN.
As investigações começaram após a PF detectar uma
movimentação financeira atípica de um ex-presidiário, vinculado a acreanos
envolvidos em tráfico de entorpecentes. O suspeito tentava depositar valores
expressivos para uma conta no Acre. A partir de então, policiais federais
no Rio Grande do Norte passaram a aprofundar as investigações, acompanhando os
suspeitos oriundos do Acre e descobriram que o grupo adquiriu um ônibus de turismo
para trazer entorpecentes a Natal, simulando transporte de turistas.
Numa dessas viagens, o ônibus foi abordado pela Polícia
Rodoviária Estadual, ocasião em que o motorista foi preso. Na manhã do dia
13/03/2018, no entorno da cidade de Cuiabá (MT), a PRF também abordou o veículo
e apreendeu cocaína dissimulada no assoalho, prendendo também o motorista.
Em razão das apreensões realizadas no período, o líder da
ação criminosa, foragido da justiça, natural de Mossoró (RN), usando nome
falso, passou a negociar a aquisição de um caminhão, tipo carreta, para modificar
o modus operandi. Adquirido o novo veículo, providenciou reparos para
acomodar o entorpecente e prosseguiu com o tráfico no percurso Acre – Rio
Grande do Norte. Em uma das viagens, a Polícia Federal potiguar identificou o
veículo e realizou, em junho de 2018, a apreensão da droga (277kg de cocaína) e
a prisão do motorista e passageiro, com apoio do Bope/PM-RN.
Com a expansão das investigações para prisão de todo grupo
criminoso, também se descobriu que uma advogada, para além dos limites de sua
atividade como defensora de membros da quadrilha, atuava orientando a
organização em como realizar a manipulação e divisão dos entorpecentes, tendo
sido decretada sua prisão preventiva.
O nome da operação é uma referência ao fato de os suspeitos
terem simulado uma linha expressa com a compra do ônibus de turismo para trazer
a droga para Natal.
0 Comentários
Os comentários postados representam a opinião do leitor e não necessariamente do RSJ. Toda responsabilidade do comentário é do autor do mesmo. Sugerimos colocar nome no comentário para que o mesmo seja liberado. Ofensas não serão permitidas.