Contador da campanha de Henrique Alves divulga nota sobre seu envolvimento na Operação Manus
junho 08, 2017
Postamos ontem aqui no Rabiscos do Samuel Junior uma matéria com o título ‘Tesoureiro e
contador da campanha de Henrique Alves foram alvos de condução coercitiva’.
Leia
Hoje (8), o contador João Gregório Júnior divulgou nota à
imprensa para “prestar esclarecimentos à sociedade e aos profissionais da
Contabilidade sobre o fato ocorrido no dia 06 de junho de 2017, consistente na
sua tomada de depoimento junto à Polícia Federal em virtude da Operação Manus”.
Confira:
NOTA À IMPRENSA
O Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio
Grande do Norte (CRC/RN), João Gregório Júnior, vem, por meio desta, prestar
esclarecimentos à sociedade e aos profissionais da Contabilidade sobre o fato
ocorrido no dia 06 de junho de 2017, consistente na sua tomada de depoimento
junto à Polícia Federal em virtude da Operação Manus - desdobramento da
operação Lava Jato - a qual apura atos de corrupção envolvendo a construção do
estádio Arena das Dunas.
O plenário do Conselho, os demais funcionários, delegados do
Conselho, o SESCON, a Associação dos
Peritos e Auditores e a Academia de Ciências Contábeis exortam a conceituada
trajetória do presente Contador - reconhecida pelo zelo profissional,
transparência, condução ética e disciplinada no seu fazer - motivo pelo qual
foi eleito Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio
Grande do Norte.
Na condição de sócio administrador de uma empresa de
contabilidade, João Gregório Júnior, por sua atuação como contador no Estado, foi
convidado à prestar serviços de contabilidade para a campanha eleitoral do
Ex-Ministro Henrique Eduardo Lyra Alves, quando este concorreu ao cargo de
Governador do Estado do Rio Grande do Norte. Momento em que figurou como
responsável pela prestação de contas de campanha junto ao Tribunal Regional
Eleitoral do Estado do Rio Grande do Norte (TRE/RN).
A operação Manus investiga a origem de recursos utilizados
na campanha eleitoral do ano de 2014 do Ex-Ministro Henrique Eduardo Lyra
Alves, o que ocasionou na prisão do Ex-Ministro e investigação de todos os que
de alguma forma participaram prestando serviços à campanha. Como padrão de
investigação utilizado pela Polícia Federal, chegou-se à investigação do
escritório de contabilidade Gregório Júnior e Associados S/S Ltda prestador de
serviço - dirigido por João Gregório Júnior - tendo sido cumprido os mandados
de busca e apreensão de documentos e condução coercitiva do Sr. Gregório para
prestar depoimento como contador da campanha cadastrado junto ao TRE/RN, sendo
o mesmo responsável pelos registros contábeis enviados.
João Gregório Júnior ressaltou em seu depoimento que efetuou
os registros contábeis dos documentos à ele apresentados para processamento,
não sendo responsável e nem mesmo possível ao mesmo averiguar origem de
recursos ou despesas em desacordo com a legislação quando essa análise reporta
a fatos não aferíveis por meio documental.
É importante esclarecer que a prestação dos serviços
contábeis restringem-se ao registro dos fatos patrimoniais e sua análise
contábil, seguindo os princípios estabelecidos por meio da Resolução CFC nº
750/93, motivo pelo qual o instrumento de contratação firmado com o escritório
de Contabilidade reza expressamente que: “A CONTRATADA não assume nenhuma
responsabilidade pelas consequências de informações, declarações ou documentação
inidôneas ou incompletas que lhe forem apresentadas; bem como por omissões
próprias da CONTRATANTE e por todos os seus prepostos, ou decorrentes do
desrespeito à orientação prestada.”
Desse modo, João Gregório Júnior vem declarar a sua completa
tranquilidade de consciência quanto a sua atuação estritamente profissional,
ética e com zêlo na prestação dos seus serviços de contador, profissão que
exerce, respeita e à qual se dedica há mais de 37 anos, reconhecendo, contudo,
seus limites humanos que não lhe permitem tomar ciência de fatos para além do
seu conhecimento. Vem, portanto, expor à sociedade a verdade dos fatos
ocorridos a fim de expor os eventos sem ruídos ou especulações, ainda,
reivindicando o seu direito ao reconhecimento do exercício da contabilidade com
autonomia e isenção.
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