Conselho de Medicina emite nota sobre paralisação dos serviços na Saúde
abril 09, 2017
O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern)
emitiu uma nota de esclarecimento à sociedade em virtude da divulgação sobre a
possibilidade de nesta segunda-feira (10) acontecer uma paralisação por tempo
indeterminado dos serviços como, Samu Metropolitano, Terapia Intensiva (UTI
Walfredo Gurgel) e Assistência Materno infantil (Hospital Santa Catarina, de
São José de Mipibu e Macaíba), além do serviço de pediatria do Walfredo Gurgel.
A paralisação foi anunciada em nota na imprensa pela
Coopmed-RN por falta de condições de trabalho e inadimplência do pagamento dos
profissionais.
Confira a nota:
NOTA DE ESCLARECIMENTO À SOCIEDADE
O Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte –
CREMERN vem, mais uma vez, esclarecer à sociedade os fatos que estão ocorrendo
na assistência à saúde pública do nosso Estado. O corpo de Conselheiros,
perplexo com a dimensão dos problemas ocorridos como consequência do descaso
daqueles que são os ordenadores de despesa do Governo do Estado, vem a público
informar à sociedade que estamos na iminência de um verdadeiro colapso na
assistência dos principais hospitais da capital e do SAMU metropolitano. Isto
ocorre porque os serviços médicos terceirizados não recebem os repasses
financeiros. Médicos trabalharam sem receber suas produções durante quatro
meses. Consideramos um enorme desrespeito para com profissionais que enfrentam
o estresse da linha de frente, trabalhando sobrecarregados, com deficiências
crônicas por falta de materiais e medicamentos essenciais para o seu trabalho,
comprometendo inclusive a própria saúde física e mental, em prol da profissão
que escolheram e da convicção de fazer o bem ao próximo. Apenas esta convicção
justifica o tempo trabalhado sem receber a merecida remuneração.
Como autarquia Federal criada pelo Decreto Lei 3268/57, o
Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte tem como funções
fiscalizar e normatizar a prática médica, estando a serviço da sociedade e dos
médicos que atuam com ética e zelo pela profissão. Alertamos a sociedade que os
fatos que se seguirão, caso o colapso anunciado venha a ocorrer, serão de
exclusiva responsabilidade daqueles que descumprem contratos e acordos,
utilizando o discurso da crise financeira que de forma seletiva não afeta
outros setores do Governo. Os ordenadores de despesa não demonstram ter
consciência de que a saúde não pode esperar e que decisões equivocadas trazem
péssimos resultados para a população mais carente.
Por fim, o Conselho Regional de Medicina, na condição de
órgão fiscalizador e detentor de informações importantes, sempre se posicionou
favorável a fazer parte de uma força tarefa, com o objetivo de auxiliar na solução
dos graves problemas da Saúde Pública.
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