MPF apresenta duas últimas ações contra Gilson Moura e cúpula do esquema
agosto 05, 2016
O Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte (MPF/RN)
apresentou as duas últimas ações dentro da chamada operação Pecado Capital, que
desbaratou um esquema de corrupção no Instituto de Pesos e Medidas do Rio
Grande do Norte (Ipem/RN), cujo funcionamento se deu principalmente durante a
gestão do ex-diretor geral Rychardson de Macedo, entre abril de 2007 e
fevereiro de 2010.
Trata-se de uma denúncia contra o ex-deputado Francisco
Gilson de Moura e outras quatro pessoas e uma ação por improbidade contra o
ex-parlamentar e um desses envolvidos.
Além do ex-deputado, também são acusados na denúncia o filho
da ex-governadora Wilma de Faria, Lauro Maia; o próprio Rychardson de Macedo; o
advogado Fernando Antônio Leal Caldas Filho e seu pai, Fernando Antônio Leal
Caldas. Já na ação por improbidade, Gilson Moura figura ao lado apenas deste
último, pois os demais denunciados já respondem pelos mesmos fatos na esfera
cível.
As ações demonstram que Gilson Moura recebeu R$ 1,2 milhão
em propina, inclusive por meio de “doações eleitorais oficiais”, através do uso
de veículos contratados pelo instituto e desviados para utilização em campanha,
bem como mediante custeio de despesas eleitorais não informadas nas prestações
de contas (“caixa dois”). Os ilícitos envolvem tanto as eleições de 2008,
quando concorreu à prefeitura de Parnamirim; quanto as de 2010, quando se
reelegeu para a Assembleia.
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